CERTEZA DO FLUIR

estava rebobinando um filme

O quase pode te enforcar aos poucos sem nem menos perceber. É tão perfeito em mente imperfeita imaginar tudo se encaixando como peças fabricadas só para serem mesmo completas. 

E eu que sempre fui pé no chão me peguei flutuando num espaço sem saber para onde ir. Apenas deixando a gravidade me levar e a me atrair para uma outra matéria.

Dessa vez foi uma rocha que bateu meu coração. De forma lenta, mas que me machucou a partir do momento que aceitei essa viagem sem me dar conta dos termos. E que tínhamos horas horríveis de seguir cegamente o coração e assim conseguir quebrá-lo num suspiro de liberdade do sentir. Antes eu não via, agora eu vejo que posso ter conseguido um pouco de ar e mais rochas pelo caminho que comecei a percorrer sem saber exatamente para onde possa me levar.

O que pode me restar num fim de noite que não seja seguir meus dias que foram do pior para o melhor. Que a realidade me afronta e me devolve a lucidez, sem deixar de me amar. E eu sabia que o passo maior não está no sentimento, mas na esperança que carrega apesar de muito esforço.

Então, parece uma corrida linear que é seguir, e eu só deixo fluir, sem uma estrutura rígida, mas uma decisão de manter a água correr sem muita pressa, mas com muita certeza de ir, fluir.

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