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Leve engano
Passei a um tempo sem saber como reagir aos seus grandes olhos brilhantes e escuros. Tinha algo que não era comum. Seu sorriso a acompanhavam e fazia tudo melhorar.
Me conectei com pequenos detalhes, me apeguei a isso tudo até me arriscar a ser um poeta no século da putaria.
A via sempre, alegre, positiva. Diferente de mim, uma pessoa que não se alegra de manhã sem antes tomar um café. E que dava era um “sorrisinho” amarelo.
Confesso já a ter stalkeado nas redes sociais algumas vezes. Os vídeos dela de poucos segundos com aqueles olhos eram intrigantes, me faziam flutuar e imaginá-los pessoalmente ao encontro dos meus. Como um “poeta” o sofrimento vinha de brinde: O destino de não ter um amor como nos romances e nos sonhos.
Assim descobri a realidade fora da paixão. Caí com os pés descalços no chão de um cimento áspero e duro. Isso por ter saltado em encontro às nuvens que pareciam algodões deliciosos que poderiam estar ao meu alcance… Leve engano.
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