Mergulhei em ondas sonoras no Tomorrowland Brasil

Sobre música, Tomorrowland Brasil 2024 e mudança de estado de consciência pura

Ouvir música dá sentido a vida para mim. Ir a shows, o impacto, a energia, felicidade de sentir a mesma vibração compartilhada, um sentimento de comunidade com pessoas desconhecidas e conhecidas com o mesmo objetivo.

Lembro quando vi um vídeo em VHS do meu aniversário quando criança, e o editor na época colocou uma música de ópera do CD Solaris e isso me marcou muito depois de lembrar que realmente pareceu estar em um tipo de frenesi.

O som já de ópera pode ser poderoso, delicado, de momentos e histórias que completam. E com a adição da música em cenas de filmes antigos, que não são apenas musicais ou de desenhos mais antigos que tinham maior relevância para a história e não só a música de fundo. 

Com música consigo esquecer lógica, ambiente maçante, pensamentos intrusos e ansiedade que me cobrem de preocupações inúteis. 

Em épocas específicas ouço muitas horas de música por dia sem ligar apenas para a letra, mas também para o ritmo, faz me sentir conectada com o presente e sentimentos.

Escrever com música também me traz de volta a paz anterior no meio de rotinas tão caóticas, de exigências da vida, do trabalho e de si mesma.

Nos meses mais intensos, frustrantes, de dor, auto descoberta, aprendizado ouvi no total 18.267 minutos em 3 meses seguidos, são em média 3 horas e 40 minutos por dia, sem contar setlists no Youtube, sem contar com shows.

E não me arrependo. 

Volto, sigo, descubro novos artistas, novos gêneros, novos jeitos de sentir puramente sem ser uma dose anestésica.

E se parecer muita dopamina no dia, o que tem? Por que excluir a produção de dopamina se podemos dosar ela de uma forma saudável? E ainda produzir, trabalhar ouvindo música, melhor coisa aos meus ouvidos.

Vejo que nunca te disse como escuto música - apoio de leve a mão na eletrola e a mão vibra espraiando ondas pelo corpo todo: assim ouço a eletricidade da vibração, substrato último no domínio da realidade, e o mundo treme nas minhas mãos.

Trecho do livro "Água Viva", de Clarice Lispector

Não acabou o ano ainda, mas este foi o ano foi a primeira vez que fui a shows dos meus artistas e Djs favoritos.

Dentre vários gêneros que ouço sempre como música eletrônica, esses estão no meu coração atualmente e tiveram parte significativa no meu dia a dia ao passar dos anos: Vintage Culture, Anavitória, Jovem Dionizio, Dubdogz e Brina Knauss (minha descoberta mais recente)

Mudanças de estado de consciência

Calma, não é nada sobre drogas ilegais ou semelhantes. Há ainda fama de que quem curte música eletrônica usa drogas em festivais, raves, etc. Apesar de existir sim o uso que passa pela fiscalização e a proibição, estou aqui para dizer que é incrível a sensação de experienciar a música que você gosta sem o uso de drogas, excesso de bebida etc.

É a melhor coisa que você pode fazer para se sentir vivo.

E continuar vivo para curtir futuramente até depois de “velho”.

Uma mudança de estado de consciência pode ser também causado ao dormir, fazer meditação. A música induz essa alteração tão consciente, curativa, terapêutico, energética, prazerosa e potente.

Tomorrowland Brasil 2024

E falar em música, o maior festival de música eletrônica veio ao Brasil pelo segundo ano consecutivo.

Paguei ingresso social com desconto de 40% sobre o preço total com doação de R$ 30,00 para Tomorrowland Foundation que colabora com ONGs focadas no trabalho com crianças em situação de vulnerabilidade social.

E desta vez em 2024 fui no último dia, 13 com minha cunhada e irmão. Dia perfeito e ensolarado. Com o mesmo objetivo da maioria: ouvir música e curtir, com senso de pertencimento e felicidade que parece mesmo um conto de fadas, já que no palco principal era um castelo, com shows de drones e sets do Alok, Vintage Culture e Brina Knauss que me marcaram muito neste dia nos demais palcos bem memoráveis.

Luzes, pessoas, energia, pôr do sol e sets de tirar o pés no chão, dançar e sentir a potência dos graves das batidas por minuto que acompanhavam a velocidade rítmica do meu coração.

Um lugar com natureza, lugares para descansar, se refrescar com água gratuita, diversidade de pessoas, estilos, gênero, idade, cor, nacionalidade, orientação sexual, não importava nada quando pode unir as pessoas a se expressarem através da música.

E a parte ruim? Torça para que não chova, mas se chover dance na chuva ✌️

E você, qual sua história com a música?

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