Nove meses

Um texto concebido.

Depois de longos ventos, parei em uma ilha nada deserta, diferente de outras ilhas, estava como se fosse em casa. Passaram-se nove meses desde a minha última parada por aqui.

Um tempo bem aproveitado diria, e como todos os dias, reapareço de um sono às vezes profundo, às vezes cansativo, de orgulho e satisfação, e às vezes muito, de muito calor que me faz ter vontade de morar embaixo do gelo.

E não é sobre isso a viagem que às vezes somos pilotos e passageiros da nossa própria vida?

Em um tempo de férias do trabalho resolvi rever meus hobbys e hábitos que não tinham haver com desempenho, meta ou algo produtivo.

Amo o que eu faço, amo ser melhor, estudar, mas vejo que posso utilizar esse tempo de féria para FAZER n.a.d.a, que demande um neurônio a mais de mim.

E é ótimo, como se fosse um ócio criativo, e cá estou eu novamente escrevendo, criando e saindo um pouco da minha rotina. Quase um parto diria depois de nove meses.

Confesso que comecei esse texto no papel e caneta tinteiro que me levou a sensação leve de sentir as palavras saindo de toques suaves no papel e sujando minha mão de tinta. Uma experiência sensorial que poderia ser um assunto de debate sobre a interação com a tecnologia e como toques na tela virou a nova “tinta”.

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