quebra

Caiu, entrelaçou, se partiu.

Eu poderia ter te mandado uma mensagem, me aberto e feito tudo ao contrário naquele momento que soube que ia partir. Mas essa não era minha saída.

— A vista é boa daí?

— De onde?

— De dentro.

— Não sei, me dói eu me enxergar em cacos com muitos pedacinhos.

— Você não pode juntá-los?

— Pra quê? E quebrá-los de novo? Já que não durariam muito por conta que já foram partidos...

— Mas não tem muito o que fazer agora, né?

— Não mesmo. Melhor assim.

— Eu também tenho alguns quebrados.

— E dói?

— Não mais, é como fizessem parte de mim agora, aprendo a conviver com eles.

— Mas eles não serão consertados, a serem como antes...

— Sim, e é por isso que sou melhor hoje. Ninguém precisa consertá-los. Apenas me enxergar como parte deles.

A única rachadura foi a bifurcação de caminhos diferentes de uma partida sem pretendentes.